#Day3
#portugueselily
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Eu sou assim.
Gosto de espaços abertos e de ruas estreitas. Vivo no eterno dilema entre a liberdade das paisagens que se estendem a minha frente até perder de vista, e o aconchego de uma rua estreita. Entre a vontade de soltar-me e voar, e a doce prisão de uns braços que me prendem.
Entre o individual que pode ser solidão e o colectivo que pode ser partilha proximidade e calor.
Gosto de ruas estreitas e calcetadas, daquelas dos povoados quase esquecidos, em que cada pedra conta uma estória, cada porta é um refúgio amigo, cada janela uma sala de visita ,onde se trocam novidades, dão-se recados, emprestam-se temperos, intercambiam-se palavras, sentimentos e cotidiano. Ruas que nas festas da terra se enfeitam de cores e de vida, se cobrem de panos coloridos para amenizar o sol e permitir o desfrute. Ruas onde os olhares caminham pouco mas dois braços são o mundo.
Ruas de aconchego em que tudo se sabe e tudo se partilha. Gosto de ruas estreitas onde poderia viver, mas sem renunciar às minhas asas.
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